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Vendas nos restaurantes em Minas Gerais registram queda de 10,5%
06/08/2022 13:12 em Notícias Gerais

O consumo em restaurantes, bares, lanchonetes e padarias registrou queda de 10,5% no faturamento em maio, em comparação com o mesmo mês de 2021, é o que apontam os índices divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas. Os dados, que avaliam o desempenho dentro do cenário da pandemia e consideram a inflação no período (ou seja, são calculados em termos reais),mostram também resultados negativos no valor gasto nos supermercados de -14,3% no faturamento no mês

Em relação aos Índices de Consumo em Restaurantes (ICR), os dados de maio, em comparação com o mesmo período de 2021, indicam que o segmento encerrou o período com queda de -1,7% na quantidade de vendas e -9,1% no número de estabelecimentos que efetivaram pelo menos uma transação.

 

“Alguns fatores tendem a prejudicar o fluxo e faturamento dos restaurantes, como a alta nos preços de bens e serviços (inflação), mudanças permanentes nos hábitos e rotina de trabalho de consumidores, são exemplos que fazem parte da realidade dos brasileiros. Já no setor dos supermercados os números mostram que o segmento ainda sofre com os impactos negativos, alcançando os piores resultados dos índices desde janeiro de 2022”, pontua Cesario Nakamura, presidente da Alelo.

 

Os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) revelam ainda baixa de 7,0% na quantidade de vendas e 4,7% no número de estabelecimentos que efetivaram pelo menos uma transação.

 

Panorama pré-pandemia dos indicadores

 

Quando observamos as variações calculadas comparando 2022 com 2019, período pré-pandemia, o ICR mostra declínio nos três indicadores em maio: -28,9% no faturamento, -37,5% na quantidade de vendas e --5,0% no número de estabelecimentos que realizou transações.

 

Já ao ter como base o comportamento de consumo em supermercados, de acordo com o ICS, observamos queda de 6,8% na quantidade de vendas, enquanto houve aumento de 7,5% no faturamento e 8,4% no número de estabelecimentos que efetivou pelo menos uma venda.

Segundo os pesquisadores da Fipe, a leitura dos resultados apresenta um cenário desafiador para o consumo tanto para as redes de supermercados quanto em restaurantes. Uma vez que o período vem sendo marcado pelo aumento da inflação, que tem sido responsável por ofuscar o desempenho desses estabelecimentos. Por outro lado, notamos um novo momento de consolidação de padrões comportamentais e níveis de gasto compatíveis com a nova realidade econômica dos brasileiros em 2022.

 

Vale destacar que os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) acompanham as transações realizadas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros; e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) apontam a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up). Ambos são calculados com base nas operações realizadas a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, em todo território nacional.

 

Dados regionais

 

Em termos regionais, adotando como parâmetro a variação do valor gasto em restaurantes entre maio de 2019 (período pré-pandemia) e maio de 2022, é possível notar um maior impacto na região Nordeste (-37,0%). Entre as demais, a queda foi de: Norte (-31,8%), Centro-Oeste (-31,6%), Sudeste (-29,4%) e Sul (-27,5%).

 

Metodologia dos índices

 

Todos os índices foram elaborados e depurados com base em critérios estatísticos para garantir a consistência e a interpretação dos resultados ao longo do tempo:

  • Amostra: todos os índices são calculados a partir de dados diários de transações realizadas em estabelecimentos comerciais distribuídos por todo o território nacional, entre 1 de março de 2018 e 31 de maio de 2022.
  • Valores atípicos: para evitar oscilações nos índices decorrentes de eventuais entradas ou saídas de empregadores de grande porte na base de dados, observações associadas a empresas que se enquadram nesses critérios foram desconsideradas nos cálculos.
  • Sazonalidade: foram adotados os seguintes procedimentos para mitigar a influência de fatores sazonais: (i) cálculo de média móvel de 7 dias (dados do dia observado e dos 6 dias anteriores a ele), eliminando assim os efeitos dos dias úteis e finais de semana sobre as séries; (ii) identificação e filtragem de fatores sazonais relacionados ao comportamento das séries em dias específicos dentro de cada mês (1º dia, 5º dia, 10º dia...), por conta do calendário de recarga e distribuição temporal do uso dos benefícios nos estabelecimentos no período.
  • Inflação: os dados relativos ao consumo em valor foram deflacionados com base na variação mensal do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
  • Influência de outros fatores: os impactos apresentados não excluem a influência de fatores, eventos e políticas coincidentes com a pandemia sobre o comportamento e hábitos de consumo da população ao longo do período de análise. Todavia, levando-se em conta o caráter inesperado das medidas restritivas instituídas a partir de março, na maior parte das grandes cidades, bem como o padrão comportamental dos índices nos anos precedentes, é possível relacionar as variações atípicas observadas no comportamento das séries à pandemia da Covid-19.
  • Frequência: todos os índices são apresentados com frequência diária para todo o período disponível da amostra, tendo por referência inicial (base 100) a média diária em janeiro de 2018. Os impactos calculados estão disponíveis para todos os dias, quinzenas e meses de 2020 e 2021.
  • Recorte geográfico: os impactos -- apresentados como percentuais de variação dos índices em relação à média observada em 2019 -- consideram os seguintes recortes: (i) média nacional (Brasil); (ii) Médias das 5 regiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste); (iii) Média dos 26 estados e Distrito Federal (27 unidades federativas).
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