Muriaé, Polo da Moda na Zona da Mata Mineira, passa a ser também, referência na América Latina quanto à produção de lingerie para mulheres negras. “Nós, as Pretas de Muriaé, as Pretas de Fibra, nos tornamos visíveis! Em diferentes cores, tons, formatos e tamanhos, estamos aqui juntas, unidas para a construção de uma sociedade que respeite as diferenças e que se permita a experiência plena da diversidade de gênero e da diversidade étnico-racial”, diz Iris Amâncio, uma das idealizadoras do projeto ao lado do Coletivo “Preta Sou - Mulheres Negras de Muriaé” e Alice Amâncio.

O lançamento desta moda especialmente produzida para mulheres negras foi no final de semana e contou com desfile de modas com as modelos mulheres negras integrantes do Coletivo PRETA SOU: Walkyria Mansôr; Marinqui de Paula; Martha Oliveira; Jandiara Alves; Karynne Sales; Sabrina Policarpo; Karene Correa; Paula Versiani; Edilaine Oliveira; Luany Dias; Raquel Campos; Karen Daineze e Iris Amâncio.

Além disso a modelagem de lingerie foi pensada em calcinha, sutiã com e sem alças, camisete, short antiatrito, longuete (combinação) e muito mais! “Também variamos em modelos e tamanhos, indo do infantil, P, M, G, GG e XGG e a maioria é feita em poliamida sustentável (certificação ambiental) em diferentes tons de peles de mulheres negras, com forro preto 100% algodão”, explicou uma das organizadoras.

Para Alice e Íris, a moda preta chega num momento em que o Brasil ebolui contra os pré-conceitos. “Surge de uma inquietação, indignação, recusa, sonho, ideia, projeto, luta antirracismo, empreendedorismo e, acima de tudo, do feminismo”, explica Íris.

A partir de 16 de junho o site www.pretadefibra.com.br estará no ar comercializando os produtos de forma virtual, cabendo a procura em lojas físicas em dois espaços em Muriaé na Casa NANDY (Avenida Eudóxia, 02 – Centro) e, em Salvador (BA) na loja Katuka Africanidades (Praça da Sé, 01 – Centro Histórico).