LUCIANA ARCHETE

Jornalista MG19681JP

Fotos do site e Redes Sociais

Mais um crime ambiental contra a sociedade de Muriaé acaba de ser cometido. Árvores centenárias localizadas na avenida Dr. Passos foram arrancadas no último final de semana.

Parece que o prefeito da cidade não gosta de árvores protegendo e melhorando a qualidade do ar no município. Desde que assumiu o cargo fez diversas podas drásticas, extirpando galhos e copa e, como neste caso, extirpando, por completo as árvores.

A primeira poda crime ocorreu em 7 de agosto de 2018, por volta de 05 horas, quando as copas foram arrancadas por poda criminosa. Naquela ocasião seguidores do “Vigiando o Futuro” ficaram indignados quando foram publicadas as fotos.

Aquela ocasião chocou a cidade e, agora, mais uma vez a situação volta a ocorrer.

O trabalho desenvolvido pela Prefeitura prejudica o clima da cidade e em nada soluciona os problemas de infraestrutura, posto que com esse tipo de ceifa, os brotos crescem desordenadamente, formando novas copas mais densas que prejudicam ainda mais a rede elétrica e telefônica, além de incentivar um aumento da violência.

A primeira fase foi a poda drástica, desrespeitando legislação da qual a própria prefeitura deveria cumprir. Agora, autorizando (ou permitindo) que pessoas inescrupulosas arranquem a natureza e prejudiquem os cidadãos.

Quantas árvores deveriam ser plantadas quando se arranca uma? E uma com copa formada e que trazia sombra e ajudava a amenizar o clima na cidade?

A cidade tem clima árido, um aspecto de aridez, misto de insolação no concreto, no piso asfaltado, muita pedra, a tendência é que haja uma acumulação de calor e uma irradiação desse calor durante a noite. O que propicia o aumento das tempestades. Normalmente as cidades são mais quentes do que o campo. Mas com práticas como estas, piora a situação.

Apesar da legislação municipal proibir a poda drástica, em alguns poucos casos, a poda é indicada como, por exemplo, quando há necessidade de conferir uma forma adequada à árvore durante seu desenvolvimento. A prática da poda também é indicada quando há presença de ramos doentes ou danificados, que estejam colocando em risco a segurança das pessoas ou edificações.

No entanto, neste caso, houve a extirpação total das espécies ali plantadas há décadas. Mas, a quem interessou tal retirada? Houve autorização? Quem autorizou e qual o benefício que a pessoa que tirou teve que fazer? Quantas árvores foram plantadas nos locais das extirpadas e, onde foram plantas?

A população de Muriaé precisa e merece esclarecimentos. Tanto por parte de quem arrancou as árvores quanto do Poder Público de Muriaé, os vereadores também, como fiscais do povo, devem se pronunciar.

Como era no passado

Como ficou após a poda Drástica ocorrida em 07 de agosto de 2018

Como estava na última semana, antes da extirpação total.

Hoje na avenida Dr. Passos. A beleza da natureza deixou de existir. A quem interessou arrancar as árvores?

São por barbaridades como estas que nossa Muriaé fica cada vez mais quente e sofre com enchentes.