Deputado discursa em defesa do conservadorismo

Também eleito para seu primeiro mandato na ALMG, Caporezzo (PL) reafirmou seu compromisso com bandeiras conservadoras: a defesa da família, contra a chamada ideologia de gênero e o aborto, em favor da liberdade, do armamento da população e do que classificou como “direitos humanos para humanos direitos”.

Nesse sentido, criticou a colega Andréia de Jesus (PT), que, na condição de presidente da Comissão de Direitos Humanos, solicitou ao Ministério Público que investigasse a conduta de policiais envolvidos em operação que resultou na morte de 25 suspeitos de participarem de uma quadrilha do “novo cangaço”, no ano passado, em Varginha (Sul de Minas). “Quero ser uma muralha contra ideias esquerdistas”, anunciou.

Deputadas destacam presença feminina

Discordando de Caporezzo, a deputada Ana Paula Siqueira (Rede) afirmou que discursar é fácil, mas que os parlamentares não estão no Parlamento para fazer jogo de palavras afrontando os colegas, e sim para construir e cuidar daquilo que é de interesse da população.

Ela ainda ressaltou que a eleição de Leninha (PT), mulher e negra, como 1ª-vice-presidente da Assembleia é um marco histórico, ao comentar o trabalho contínuo pela presença das mulheres na Casa.

Sobre a sua reeleição, Ana Paula Siqueira disse que é o reconhecimento de um trabalho sério na busca pela dignidade humana, com o fortalecimento de políticas públicas, a criação de leis, a escuta da população e a fiscalização do Poder Executivo.

Entre as metas do seu novo mandato, ela citou o cuidados com mulheres, idosos e crianças, o meio ambiente, a saúde e o combate à fome.

Em aparte, o deputado Leleco Pimentel (PT) parabenizou Ana Paula Siqueira pelo seu aniversário, comemorado nesta quinta (2), e assegurou a Andréia de Jesus que ela não está sozinha na defesa de suas pautas.

Compromissos

Citada por Caporezzo, Andréia de Jesus reforçou suas bandeiras em prol do povo negro, especialmente as mulheres, os quilombolas e outros membros de comunidades tradicionais e adeptos de tradições africanas.

Ela se comprometeu a continuar lutando pela dignidade dessas pessoas, na garantia do acesso à terra, à moradia, à educação e outros serviços essenciais, por meio de um serviço público de qualidade.

Especificamente em relação à segurança pública, a deputada ponderou que um debate qualificado sobre a questão passa por reconhecer que segurança não se restringe à polícia. Quando se oferece educação, cultura e esporte a uma comunidade carente, por exemplo, a violência é reduzida, destacou.