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Muriaé recebeu dois Selos Prata de Boas Práticas para eliminação da transmissão vertical do HIV e da sífilis.
12/12/2023 08:00 em Notícias Gerais

Doze municípios atingiram a meta de eliminação da transmissão de HIV e/ou sífilis como problema de saúde pública em Minas Gerais e, pelo desempenho, foram reconhecidos pelo Ministério da Saúde com selos de boas práticas e certificados. As entregas ocorreram durante evento em Brasília (DF), na sexta-feira (8/12). Em 2023, além da certificação da eliminação da transmissão vertical do HIV, foram avaliadas também as boas práticas rumo à eliminação da transmissão vertical da sífilis congênita. 

Os selos que certificam este aspecto são: selo ouro, prata e bronze

Para conseguir a eliminação e/ou selos de boas práticas, o município elegível precisa alcançar os indicadores de metas de impacto e de processos contidos no Guia para Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e/ou Sífilis, e selos de Boas Práticas para HIV e/ou Sífilis Congênita.

Em Minas Gerais, municípios localizados na região Central, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, Sul e Zona da Mata foram contemplados com 19 selos ao todo. Cinco cidades receberam o Selo de Eliminação do HIV; sete foram certificadas com o Selo Prata de Boas Práticas (HIV); quatro municípios receberam o Selo Prata de Boas Práticas (sífilis) e dois o Selo Bronze de Boas Práticas (sífilis). Veja abaixo a tabela com a relação dos municípios e certificados, que possuem mais de 100 mil habitantes.

O município de Muriaé recebeu dois Selos Prata de Boas Práticas para eliminação da transmissão vertical do HIV e da sífilis. 
Gestante, Adrielle Martins espera e primeiro bebê e faz todo o acompanhamento na Unidade da Estratégia Saúde da Família (Uesf) do bairro Aeroporto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “A unidade é perto da minha casa e consigo fazer tudo lá, desde consultas, exames até testes rápidos”, relata Adrielle. 

Ela, que está com 19 semanas de gestação, recebo todo suporte da enfermeira, do médico e dos agentes de saúde. "Eu me sinto confortável e muito confiante de que tudo vai correr bem”, diz a futura mamãe. 

A enfermeira da Uesf Aeroporto, Ana Carolyna Assis, ressalta que o acompanhamento contínuo e próximo é o que faz a prevenção ser tão eficaz. “Não perdemos tempo quando uma gestante chega ao posto. Aplicamos os testes rápidos e marcamos a consulta de pré-natal com obstetra, já com os exames solicitados pela clínica geral da unidade”, explica lembrando que, “ao acolher e oferecer tudo o que a gestante precisa, conseguimos criar vínculo e ter sucesso no rastreamento de possíveis infecções. Assim, se for o caso, partimos para a prevenção da transmissão da mãe para o bebê”, completa a enfermeira.

Na sexta-feira (8/12),  a Equipe Nacional de Validação (ENV), do Ministério da Saúde (MS), e referências técnicas da Coordenação Estadual de HIV/Aids e Hepatites Virais-CIST da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) participaram da entrega dos selos e crtificados.

O secretário adjunto de Saúde, Vítor Dias, representou o município de Muriaé na certificação "Prata". 

Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, destacou a entrega como reconhecimento ao trabalho feito pelo Estado em conjunto com os municípios, a avaliou o resultado como positivo. "O manejo, a prevenção e, principalmente, a divulgação de informações corretas são fundamentais para combater infecções sexualmente transmissíveis", reforçou.

Em 2022, dos 43 municípios brasileiros contemplados na premiação, seis foram de Minas Gerais: Barbacena, Conselheiro Lafaiete, Coronel Fabriciano, Divinópolis, Montes Claros e Passos.

Sete Lagoas 

Há 15 anos sem registrar casos de transmissão vertical do HIV (da mãe para o bebê), Sete Lagoas, na região Central, é um dos municípios contemplados com o Selo Ouro pelo Ministério da Saúde. Enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Aline Souza atribui a avaliação ouro ao envolvimento da Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas de modo integrado e articulado entre as áreas. “Investimos no acompanhamento das gestantes para que elas façam um pré-natal de qualidade, realizamos busca ativa e acompanhamos mulheres que perderam alguma consulta ou exame”, explica a enfermeira.

Os serviços básicos e especializados são importantes para todo o processo. “A gente sabe que essa gestante não está apenas na Atenção Básica, então é acompanhada em um atendimento completo, o que facilita a adesão ao tratamento e as ações de prevenção”, diz Aline. Segundo ela, a proximidade entre Centro Estadual de Atenção Especializada (Ceae), atenção básica e maternidades é um dos pontos de destaque que ajudaram a conquistar a certificação.

Também enfermeira do Ceae, Ana Carvalho observa que também é realizado um trabalho intenso nos casos em que a mulher testa positivo para sífilis e/ou HIV, afim de que não haja transmissão para a criança.  Nesse sentido, o aconselhamento pós-teste é crucial. “Esclarecemos para essa gestante a importância do tratamento e os riscos da contaminação para o bebê”, explica a enfermeira. 

“Neste momento, ela já é orientada sobre o acompanhamento, uso dos medicamentos regulares, atendimento pré e pós-parto,  atendimento das crianças, processos para substituição da amamentação, o que também envolve risco de contaminação”, finaliza Carvalho.

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