LUCIANA ARCHETE

Jornalista MG19681JP

O que era para ser uma solenidade civilizada de representantes do povo terminou, mais uma vez, em baixaria daqueles que deveriam ter o decoro e respeito como premissa para serem os representantes verdadeiros e de direito de um estado brasileiro.

O palco desta contenda foi o Grande Teatro do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, em solenidade coordenada pelo Tribunal Regional Eleitoral. A solenidade foi no final da tarde.

Uma série de provocações de petistas e defensores de Bolsonaro acabou em uma verdadeira contenda envolvendo os deputados Rogério Corrêa (PT) e Cabo Junio Amaral (PSL).

Tudo começou quando a deputada eleita Beatriz Cerqueira (PT) portava um cartaz com dizeres “Lula Livre” foi convidada a entregar o cartaz para os seguranças, uma vez que diversas pessoas vaiavam a atitude e, desta maneira, aliados do Partido dos Trabalhadores protestaram e vaiaram a ordem dos seguranças.

A deputada procurou a Mesa Diretora para reivindicar ficar com o cartaz quando o deputado estadual, eleito federal, Rogério Corrêa, pegou o cartaz sobre a mesa e o empunhou. Vários deputados tentaram barra-lo, mas, mesmo sob vaias seguiu até ser interceptado pelo deputado eleito Cabo Junio Amaral que tentou arrancá-lo de suas mãos, momento em que levou um tapa no rosto.

Assustado o deputado Cabo Junio revidou com um soco que acertou o braço de Rogério Corrêa e foi contido por deputados próximos e seguranças.

Tudo isto a poucos metros do governador eleito Romeu Zema.

A situação ficou tensa e a solenidade foi suspensa por alguns minutos. Zema deixou o palco e voltou minutos depois.

Alguns deputados empunhavam pequenos cartazes em apoio a Lula e à vereadora carioca assassinada, Marielle. Todos foram vaiados pelo público presente.

Para a solenidade o TRE-MG aguardava os 77 eleitos para os cargos de deputados estaduais, 53 federais, dois senadores Rodrigo Pacheco e Carlos Viana e os seus dois suplentes, o governador eleito Romeu Zema e seu vice, Paulo Brant. Também os dois primeiros suplentes de cada uma das coligações.

Aqueles que não compareceram para receber os seus diplomas poderão retirá-los no Tribunal Regional Eleitoral.

Os deputados brigões prometem tomar medidas cabíveis em referência à troca de tapas e socos