LUCIANA ARCHETE

Jornalista MG19681JP

O vereador suplente Alexandre Feres, que está ocupando a cadeira na Câmara Municipal de Muriaé, durante licença solicitada pela vereadora Miriam Facchini, acaba de apresentar Projeto de emenda ao Regimento Interno da Casa, solicitando que as sessões ordinárias aconteçam de segundas a sextas-feiras sempre às 18 horas.

Caso a proposta seja aprovada a Câmara deixará de ter apenas uma sessão semanal, como ocorre há décadas. Atualmente as sessões semanais acontecem nas terças-feiras antes de 2012 eram às segundas-feiras.

As reuniões ordinárias da Câmara, na qual os vereadores votam nos projetos de lei, debatem e discursam sobre questões que consideram relevantes são os pontos primordiais da existência do Poder Legislativo em qualquer cidade.

Segundo Alexandre Feres, os trabalhadores cumprem jornada diária de oito ou mais horas por dia e, os vereadores não podem ficar limitados apenas às reuniões ordinárias das terças-feiras. “Tudo bem que o vereador trabalha quase que todos os dias da semana na elaboração projetos e atendendo a população, visitando bairros, reunindo-se com lideranças e autoridades”, destacou ele explicando que, no entanto, “projetos importantes precisam ser discutidos com a população. Tem projeto do prefeito que chega na Casa na terça-feira às 17 horas e já entra na pauta do dia sem um debate, sem uma análise aprofundada, sem uma explicação á população. Não pode. Não está certo”, disse o vereadores.

Férias apenas em Janeiro

Outra alteração proposta pelo vereador Alexandre Feres é a que termina com as férias do mês de junho-julho na Câmara Municipal de Muriaé. Segundo ele, o trabalhador brasileiro tem apenas um mês de férias e, hoje, temos aproximadamente 75 dias de descanso. “A população não pode ficar refém de reuniões extraordinárias para propostas e projetos importantes. Temos que saber que estamos à disposição. Fomos eleitos para este trabalho, para representar o povo”, destacou.

Segundo o vereador Alexandre Feres, muitos vereadores acharão ruim as alterações, mas a população vem cobrando uma resposta mais efetiva por parte dos representantes. “O povo vem nos cobrando e, mostrando que estamos do lado do povo, apresentando e propondo uma maior abertura para diálogo, debates, é uma maneira de dizer que o clamor das ruas está tendo ressonância no Poder Legislativo”, explicou ele lembrando que espera a assinatura de mais vereadores ao projeto. “Vamos aguardar na próxima reunião”, disse ele.