LUCIANA ARCHETE

Jornalista MG19681JP

Com print do site do Senado Federal

A Secretaria da Saúde de Minas Gerais informou neste dia 10 de junho que Muriaé tinha, confirmados 276 casos de Covid-19 com DEZ mortes contabilizadas no período.

Como um iceberg, a realidade dos casos de Covid-19 em Muriaé está submersa devido à baixa testagem.

O protocolo definido do Ministério da Saúde orienta a testagem de pessoas com quadros graves, e é o que vem sendo feito. Os trabalhadores em áreas de frente da saúde como médicos e enfermeiros fazem os exames e, alguns pacientes com quadros graves.

Contudo, fora os profissionais de saúde que estão na assistência direta de pacientes e apresentam sintomas, os demais não recebem autorização para realizar, o que pode denotar um número bem maior da doença no município.

Por esta razão a vereadora Miriam Facchini fez indicação ao prefeito de Muriaé para que realize testagem via sistema de Drive-Trhu.

Segundo ela, não é possível saber quantos exames rápidos, de fato, são feitos diariamente. “Sabemos que o governo municipal recebeu da Gerência Regional de Saúde estes rápidos que são feitos a partir de sorologia, identificando se a pessoa tem anticorpos, o que indica que teve contato com o vírus. Mas, quantos?”, indaga a vereadora.

Para ela, testar apenas as pessoas dos hospitais é um fato equivocado. “A gente está testando a ponta do iceberg; os casos sintomáticos graves internos nos hospitais. A gente não está testando a comunidade, que é o principal lugar de transmissão do vírus. Dessa forma, as pessoas continuam transmitindo e não se isolam”, afirma.

Estados e municípios serão beneficiados com suspensão e renegociação de dívidas, o que amplia o auxílio a um total de R$ 125 bilhões e, ao mesmo tempo, estão recebendo recursos para empregar no combate à Pandemia da Covid-19. Pelos informes verificados, a cidade de Muriaé recebeu (ou receberá) o montante de R$ 11.971.299,11.

A realização dos testes via Drive-Trhu como forma de realização é para evitar o contágio ou proliferação da doença disse a vereadora lembrando que vários municípios adotaram a metodologia. “Quanto mais testes melhor, desde que tenha foco. Deveria testar mais os casos agudos para saber se tem a COVID-19. Aumentar a notificação e até eventualmente tomar uma medida extra. Ou que seja o caso de descartar, e evitar uma quarentena desnecessária”, afirma a vereadora Miriam Facchini.

Municípios da região

Em abril o Ministério da Saúde enviou 14.400 testes SARS-CoV-2 Antibody test, da fabricante Guangzhou Wondfo Biotech Co., sendo 20 unidades em 72 caixas distribuídas no quantitativo de: Antônio Prado de Minas (1); Barão De Monte Alto (1); Brás Pires (1); Coimbra (1); Divinésia; (1); Dores Do Turvo; (1); Ervália (2); Eugenópolis (1); Guarani (1); Guidoval (1); Guiricema (1); Mercês (1); Miradouro (1); Miraí (1); Muriaé (21); Patrocínio Do Muriaé (1); Piraúba (1); Presidente Bernardes (1); Rio Pomba (2); Rodeiro (1); Rosário Da Limeira (1); São Francisco Do Glória (1); São Geraldo (1); São Sebastião Da Vargem Alegre (1); Senador Firmino, (1); Silveirânia (1); Tabuleiro (1); Tocantins (1); Ubá (16); Vieiras (1); Visconde Do Rio Branco (5).

Repasses de testes

Em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, como no restante do Estado, os testes de diagnóstico da COVID-19 também têm sido aplicados somente nos grupos pré-determinados pelo Ministério da Saúde. A cidade é a terceira com mais casos de COVID-19 no estado.

Os repasses são divididos em ações voltadas exclusivamente para a saúde e a assistência social e especificamente para o combate ao coronavírus, como por exemplo: a aquisição de 9.455 unidades de kits emergenciais (com 29 itens, entre alimentos, material de higiene, limpeza e cobertores) para população em situação de vulnerabilidade social por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese); compra de insumos para realização de testes de diagnóstico para Covid-19 feitos pela Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais (Hemominas); custeio, análise e diagnóstico para o desenvolvimento de pesquisas desenvolvidas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed); além de outros investimentos na Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), e repasses para os fundos municipais de saúde e hospitais filantrópicos pelo Fundo Estadual de Saúde (FES).

Outros investimentos

O Governo de Minas informa, ainda, que, atualmente, Minas Gerais ocupa a segunda posição entre todos os estados com a menor taxa de mortalidade por Covid-19.  Desde o início da crise do coronavírus, o Estado ampliou em 30% a capacidade de atendimento intensivo. Minas conta com 2.885 leitos de UTI na rede do SUS. Até março, eram 2.013 leitos.  Foram gastos mais de R$ 304 milhões no combate à pandemia, além da construção do Hospital de Campanha com o custo mais baixo do país. O Estado também adquiriu 1.047 respiradores que serão distribuídos a hospitais de várias regiões e recupera equipamentos para atender a municípios diversos.