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A mudança de nome para enganar o eleitor
27/09/2020 17:36 em Notícias Gerais

Gregório José

 

 

Cientistas políticos são unânimes em predizer que o nome Partido, nas legendas políticas, mais atrapalham do que ajudam, principalmente porque a credibilidade está em baixa de norte a sul do Brasil.

De mesmo molde os candidatos adotam os nomes de acordo com a conveniência e, pior, é que os tribunais eleitorais, tanto TRE (Tribunal Regional Eleitoral) circunscrito ao Estado onde o candidato pleiteia a vaga, quanto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em alguns casos, começaram a proibir o uso do nome do departamento público a que estão ligados. Contudo, ainda aceitam as “manobras” em municípios.

Teve candidato em Muriaé que chegou à cidade depois de anos, que adotou Grego, depois Grego 25, Grego Muriaé e, agora, como está em baixa, decidiu, por conveniência que é G55.

Talvez seja para ligá-lo ao empréstimo de R$ 50 milhões feito meses antes do processo eleitoral e, pasmem, com o aval dos vereadores da cidade que deveriam pensar, mais na população e como este dinheiro seria gasto, do que, simplesmente autorizar uma barbaridade como esta, principalmente, quando o município está sob o ataque deum vírus mortal (Novo Coronavírus).

A legislação permite estas trocas constantes, ainda mais quando o nome do proponente, está em baixa ou ligado a momentos ruins.

O cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira, professor da Fundação Getúlio Vargas, reforçou esta necessidade de mudança estrutural em recente entrevista ao Jornal Estado de Minas, no qual ele afirma que essa “é uma tentativa de se apresentar com outra imagem. A prática vai dizer se isso terá resultado imediato. Agora, seria mais produtivo se houvessem novas práticas, um outro tipo de posicionamento”.

São por essas artimanhas e casuísmo que o sistema, apodrecido, mas longe de extirpado, ficou exposto em carne viva, parcela importante da população ganhou aversão aos políticos e aos partidos - e à palavra "partido", principalmente. Não importa qual legenda, todos estão no mesmo rol de figuras indesejáveis.

Essa velha prática, de mudar o nome, para enganar o povo não é novidade. Muitos candidatos mudam o nome para fugir do passado sombrio e da falta de produtividade.

Radialista, Jornalista e Filósofo

 

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