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Vendas dos supermercados mineiros crescem 10,97% em 2020
11/02/2021 09:45 em Notícias Gerais

O setor supermercadista mineiro registrou crescimento médio de 10,97% em 2020, de acordo com o Termômetro de Vendas, pesquisa mensal da Associação Mineira de Supermercados (AMIS), com empresas de todos os portes e em todas as regiões do Estado.    

 

A pesquisa, referente a dezembro, mostra ainda que na comparação com novembro o crescimento das vendas foi de 21,98%. Resultado atribuído às demandas ocasionadas pelo Natal/final de ano. Na comparação com o mesmo mês de 2019, a expansão foi de 12,66%. Todos os valores já estão deflacionados pelo IPCA/IBGE. 

 

O crescimento em dezembro segue o comportamento das vendas em praticamente todo o ano, numa trajetória bem acima da projeção de 4,5% feita pela AMIS no início de 2020.

 

A pandemia do novo coronavírus e as transformações provocadas no dia a dia do consumidor mudaram o cenário no segmento supermercadista. Com o isolamento social, o consumo durante o dia, que antes ocorria fora, veio para dentro das residências.  Adultos em home office ou, em muitos casos, desligados do trabalho e crianças sem escola elevaram o volume de compras das famílias, especialmente em itens da cesta básica e produtos de higiene pessoal e limpeza doméstica.

 

Itens antes comprados nos bares e restaurantes, fechados em boa parte do ano, passaram a ser consumidos em casa. Isso fez elevar também a demanda de produtos, como bebidas e carnes, nos supermercados. “O crescimento do e-commerce, que ganhou muito espaço no setor em 2020, favorecido pelas transformações digitais de forma geral, também foi um fator que contribuiu com o aumento das vendas”, destaca o Presidente Executivo da AMIS, Antônio Claret Nametala. “Muitos consumidores optaram por ficar em casa e fazer as compras por meios digitais, e os supermercados responderam bem a essa demanda”, complementa Claret

 

O auxílio emergencial pago pelo governo federal também foi um fator preponderante no aumento da demanda ao propiciar acesso a mais itens da cesta de compras a um número maior de consumidores.

 

Custos altos

Ressalta-se, porém, que o aumento de vendas ao longo de 2020 não se traduz em melhores resultados financeiros efetivamente.  Para manter o atendimento com qualidade e segurança, os supermercados tiveram que passar por muitas mudanças e se ajustar a protocolos diversos. O setor precisou reorganizar lojas, adquirir equipamentos e disponibilizar itens de proteção e cuidados com a saúde para clientes, funcionários e fornecedores.   O alto custo de todas essas adequações e a pressão dos preços dos produtos, principalmente da cesta básica, achataram ainda mais as margens do setor. 

 

“A atenção à saúde de funcionários e clientes sempre foi preocupação do setor e, neste período de pandemia, os cuidado foram redobrados” observa Claret.  “Aliás, neste balanço de 2020, temos que fazer um agradecimento especial aos colaboradores ‘dos supermercados que tiveram papel decisivo para que o setor não só garantisse o abastecimento à população, mas evitasse uma queda ainda maior da atividade econômica do País”, conclui.

 

 

 

 

1. VARIAÇÃO REGIONAL (%)

Mês

Vs. mês anterior

VS. mesmo mês ano anterior

Acumulado do ano

 
 

Central

20,60

14,73

14,14

 

Centro-Oeste

24,88

5,43

4,01

 

Norte/Noroeste

21,97

11,67

7,57

 

Rio Doce/Muc./Jeq.

21,16

10,44

9,29

 

Sul

23,05

11,16

10,43

 

Triâng./Alto Paran.

19,46

11,00

11,78

 

Zona da Mata

21,24

17,99

12,77

 

GERAL MG

21,98

12,66

10,97

 

 

2. VARIAÇÃO GERAL ACUMULADA /2020

Mês

Vs. mês anterior

VS. mesmo mês ano anterior

Acumulado do ano

 
 

 Janeiro

-19,11%

4,15%

4,15%

 

Fevereiro

2,05%

9,39%

6,73%

 

Março

11,93%

10,21%

7,96%

 

Abril

-7,11%

7,69%

7,89%

 

Maio

6,42%

14,45%

9,21%

 

Junho

-3,69%

9,97%

9,34%

 

Julho

5,21%

14,81%

10,13%

 

Agosto

2,36%

11,27%

10,28%

 

Setembro

- 1,07%

14,75%

10,79%

 

Outubro

4,78%

15,33%

11,26%

 

Novembro

- 5,96%

6,31%

10,78%

 

Dezembro

21,98%

12,66%

10,97%

 

 

 

 

 

BALANÇO 2020

 

Faturamento dos supermercados mineiros chega a R$ 41,39 bilhões em 2020 e setor tem 69 novas lojas

 

BH, 9 de fevereiro de 21 – Com crescimento de 10,97% nas vendas, o setor supermercadista mineiro chega ao faturamento de R$ 41,39 bilhões em 2020. Num ano marcado pelos desafios de manter o atendimento essencial e com segurança à população em meio à pandemia, os supermercados mantiveram também os investimentos em expansão e inauguraram 69 lojas no Estado. Os aportes nesses novos empreendimentos totalizaram R$ 660,85 milhões.

 

O número de lojas e o total investido estão ligeiramente abaixo do que foi projetado pela Associação Mineira de Supermercados (AMIS) no início de 2020, que eram de 75 novas unidades, com recursos de R$ 700 milhões. Mas o resultado é relevante diante das dificuldades enfrentadas pelas empresas de forma geral ao longo ano. “Em 2020, o setor enfrentou muitos desafios. A execução do planejamento de início de ano, em alguns momentos precisou ser substituída pelo foco no atendimento; na atenção à segurança e à saúde de clientes e colaboradores, além do cumprimento de protocolos de funcionamento das lojas para evitar a disseminação do coronavírus”, explica o Presidente Executivo da AMIS, Antônio Claret Nametala. “Mas, o setor manteve a maior parte dos investimentos previstos”, avalia.    

 

 

Formatos  

Entre os formatos, as lojas de vizinhança tiveram a maior expansão, com a abertura de 41 unidades dos mais diversos portes. Em seguida, vem o atacarejo, com 20 novas lojas (quadro 1).

 

Altos custos X lucros

Enquanto atendeu a uma demanda elevada em ano atípico, o setor foi fortemente afetado pelos custos tanto de produtos quanto de insumos. Os supermercados precisaram também se adequar a vários protocolos e adquirir equipamentos e itens de cuidados com a saúde para clientes e colaboradores.  Dessa forma, o setor teve aumentos de vendas, mas os resultados não acompanharam essa evolução de venda, já que as margens ficaram muito achatadas.

 

Setor essencial

Ao longo do ano, especialmente nos períodos de maiores incertezas, os supermercados, como atividade essencial, foram um dos poucos setores a permanecerem abertos atendendo a população.  Ou seja, mais uma vez, desempenharam papel fundamental no atendimento ao cliente e como um dos segmentos que mais contribuíram para evitar um impacto negativo ainda maior na economia do País.

 

1.

FORMATO

Nº LOJAS

Sup. vizinhança

41

Atacarejo

20

Express/proximidade

4

Gourmet

3

Hiper Compacto

1

TOTAL

69

 

 

2.

REGIÃO

 

Nº LOJAS

Central – exceto a Grande BH

3

15

Grande BH

12

Centro-Oeste

 

4

Norte/Noroeste

 

5

Rio Doce /Jequit. Mucuri

 

14

Sul

 

9

Triângulo/Alto Paranaíba

 

15

Zona da Mata

 

7

TOTAL

 

69

 

 

 

 

PROJEÇÕES 2021

 

 

2021 será de mais investimentos no setor: R$ 720 milhões

 

As projeções do setor para este ano são otimistas, com previsão de mais investimentos e de expansão nas vendas. A chegada da vacina contra o novo coronavírus trará mais segurança para consumidores e empresários e a população em geral e mais confiança na economia. Na política, as mudanças no Congresso Nacional, com novos presidentes na Câmara e no Senado, ambos mais alinhados com as propostas do Executivo, devem favorecer a aprovação de reformas e tornar o ambiente econômico mais favorável para investimentos.

 

No setor supermercadista mineiro, novos investimentos vão continuar ocorrendo em todo o Estado.  A estimativa é que 70 lojas sejam abertas durante o ano, com a geração de 7,3 mil empregos diretos.  Se confirmados esses investimentos, até o final de 2021, o setor terá investido R$ 720 milhões em novos empreendimentos.

 

Com a esperada chegada da vacina a toda a população e seus reflexos positivos na economia e a volta do auxílio emergencial, o setor projeta um crescimento de 4,20% ao ano.  “Essa projeção reflete a melhora da confiança dos empresários do setor, com chegada da vacina e também pelas novas lideranças no Congresso Nacional, com a maior possibilidade de votação das reformas. A sinalização do governo para a volta do auxílio emergencial, ainda que em parte, também é muito bem-vinda”, explica o Presidente Executivo da AMIS, Antônio Claret Nametala.   “A nossa crença é de que o País volte a se desenvolver”, conclui Claret.  

 

3.

Resultado

2019

2020 – projeção

2020 - realizado

2021 - projeções

Cresctº acumulado

4,22%

4,5%

10,97%

4,20%

Faturamento bruto

R$ 37,3 bilhões

R$ 38,9 bilhões

R$ 41,39 bilhões

R$ 43,13 bilhões

Investimentos

R$ 682,9 milhões

R$ 700 milhões

R$ 660,85 milhões

R$ 720 milhões

Novas lojas

72

75

69

70

Novos empregos

7.795

8 mil

7.266

7.300

Total de empregos

205.481

213.481

212.747

220.047

Total de lojas

7.314

7.389

7.383

7.453

 

    

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